domingo, 18 de agosto de 2013

PRÉ-CANDIDATO AO GOVERNO DA BAHIA, PEEMEDEBISTA EXALTA GOVERNOS DA OPOSIÇÃO

SALVADOR – Ex-ministro da Integração Nacional e atual vice-presidente da Caixa Econômica Federal, o peemedebista Geddel Vieira Lima adotou fórmula incomum para cacifar seu nome ao governo do estado em 2014: elogiar, na propaganda do PMDB que está sendo veiculada nas Tvs e rádios da Bahia, as gestões dos governadores de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), e dos tucanos Beto Richa (Paraná) e Antonio Anastasia (Minas Gerais) para atacar a administração de Jaques Wagner (PT) na Bahia. O fato inusitado é que Richa, Anastasia e, provavelmente Campos, estarão, em 2014, em palanques adversários da presidente Dilma Rousseff , que tem no PMDB de Geddel um dos partidos “aliados”.
Ao comparar os resultados dos governos do PSB e PSDB na saúde, segurança, educação e na economia com os do governo Wagner, Geddel tenta persuadir o eleitor: “Um trabalho competente faz toda a diferença no seu dia a dia. Pense nisso”, diz ele, ao final de cada inserção de 30 segundos.
Geddel não vê contradição nas inserções.
— O partido na Bahia poderá ou não acompanhar o PMDB nacional. Vamos adotar a posição (apoiar o candidato a presidente) que for mais conveniente à política da Bahia e aos interesses do país — avisa ele, que também responde pela primeira secretaria nacional do PMDB.
Segundo melhor colocado nas pesquisas de intenção de voto ao governo até aqui realizadas, Geddel diz que não está inventando os números desfavoráveis ao governo Wagner. Sobre a segurança, diz ele:
— Os índices mostram o crescimento da violência na Bahia. Isso é fato.
Já em relação à economia, ele diz:
— A Bahia vem perdendo indústrias e deixando de gerar empregos, enquanto outros estados, a exemplo de Pernambuco, prosperam. Também é fato.
— Os postos de saúde e hospitais estão despreparados para dar o básico. É fato — conclui o pré-candidato, que se coloca como uma das opções da oposição ao governo, ao lado de nomes como o do ex-governador Paulo Souto (DEM) e do ex-prefeito de Mata de São João, João Gualberto (PMDB).
Geddel diz que vem conversando com o DEM, PSDB, PPS, PTN e PTC e torce para que o nome da oposição seja definido até o final do ano, no máximo.
— As condições são bastante favoráveis ao projeto da oposição na Bahia — acredita ele — O PT já deu a sua contribuição — completa.
Força auxiliar
O Presidente do PT na Bahia, Jonas Paulo, disse que Geddel deveria estar atento aos governos do seu partido, e ironizou as críticas desferidas pelo ex-aliado de Wagner.
— O PMDB local continua, inexplicavelmente, sendo força auxiliar da oposição demo-tucana ao governo Dilma e aqui no estado — reagiu .
Para o petista, Geddel deveria olhar é para os governos do PMDB.
— Ele, como dirigente nacional, deveria estar atento aos governos de seu partido, para tentar ajudá-los a sair da situação caótica em que estão — retrucou, recusando-se, no entanto, a citar exemplos.
Sobre as pesquisas, que têm colocado a oposição na dianteira da corrida eleitoral na Bahia, o dirigente petista ponderou que, a um ano e meio do pleito, os números nada representam.
Jonas Paulo lembrou que no PT há quatro pré-candidatos – Walter Pinheiro, Rui Costa, Luiz Caetano e Sérgio Gabrielli –, e que o nome do partido só será definido no final do ano. (Fonte o GLOBO).

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